Começa o TIBS, mais um, o terceiro desde que estou na UNIFESP. Hoje é o dia de abetura, um dia muito interessante com as competições de cheerleaders.
A competição, dentro e fora de quadra, me lembra as torcidas de futebol. Claro, sempre tem as equipes de maior rivalidade e, apesar de todas as alfinetadas, na maioria das vezes eles brincam, falam bobagem, brigam em quadra e durante os dias de jogos, mas no resto do ano, mesmo em tempos de TIBS, muitos (a maioria, mas não todos) são amigos, moram juntos, almoçam, estudam juntos, tem os mesmos amigos em comum etc..
A dinâmica na faculdade muda, de certa forma. Os times passam mais tempo juntos, o número de pés, pernas, dedos e braços imobilizados praticamente quadruplica,mas olheiras e os bocejos se tornam mais comuns e, durante o mês de jogos, ninguém janta direito, ninguém dorme direito, e os horários da noite são, obrigatoriamente, reservados para os jogos de quadra.
Dentro da faculdade, é um dos momentos de maior interação entre os alunos, fora da sala de aula. É um dos momentos que eu mais gosto de participar, e essa participação, até hoje, não incluiu jogar, mas já fui torcedora, já fui do apoio técnico e já fui treinadora. Do Várzea, o time masculino com as mais incríveis estratégias de jogo, a diversão - própria e da torcida, fui todas as opções e talvez mais algumas,
A experiência com o TIBS me lembra, todo ano, do Festival/Semana Champagnat. Há uma mobilização das equipes para pensar os times, as coreografias, os uniformes; há uma competitividade amigável entre os alunos. A sensação de nostalgia é maior, talvez, por ter vivido um Festival tão intensamente quanto foi no 3o ano. Me fez recordar todas as pessoas que fizeram parte do 3o D, da nossa conquista, das danças e de tudo o que aconteceu naqueles 5 dias.
A experiência com a Várzea, por outro lado, me recorda, todos os anos, da época da 8a série. Me lembra de acompanhar o futiba da saída, de aprender a torcer, de me importar com os jogadores - se eles estão bem, se estão lá, se precisam de gelo, de água, de alguém pra conversar no banco, no pré jogo, no pós jogo. Aprender a me importar muito com eles apesar de ele não se importarem em fazer o mesmo a meu respeito, apesar de eles não entenderem por que eu estou ali, ou o que eu quero com aquilo,
Torcer por um time, seja no TIBS - a Várzea e o Bonde4 - ou no futiba da saída, é algo que me motiva a ser melhor. É algo que me trouxe alegrias, amizades, momentos de confiança, que me fez enfrentar desafios e pessoas, e que me proporcionou um dos momentos mais incríveis da graduação (ter, no meio do jogo, um pedido de tempo do capitão só pro time poder chamar a torcida e cantar parabéns para a técnica - eu). Participar disso foi e ainda será por mais dois anos pelo menos, uma experiência de reflexão e auto cuidado, que me faz somar ao dia a dia depois dos jogos. Aos que ficaram após a experiência, gratidão, compor com vocês fora de quadra é mais que incrível.